O novo Core i9 da Intel é o mais rápido, mas também o que mais consome

Cada vez mais núcleos, uma frequência cada vez mais rápida… Para a 13ª geração (Raptor Lake) dos seus processadores Core para portáteis, a Intel destacou bastante a performance, sem se deter demasiado no consumo de energia.

O destaque deste início de ano é o Core i9-13980HX que incorpora nada menos que 24 núcleos (8 núcleos rápidos, 16 econômicos) e 32 threads (os núcleos rápidos são compatíveis com o Hyper-Threading).

O Core i9-12900HK do ano passado se contentou com “apenas” 14 núcleos (6 rápidos e 8 econômicos).

Ao adicionar uma frequência de clock de até 5,6 GHz, este processador mostra um ganho de desempenho de 11% em single-thread e 49% em multitarefa em comparação com a 12ª geração.

Este novo Core i9 suporta até 128GB de RAM DDR4/DDR5, bem como Wi-Fi 6E, Bluetooth 5.2 e Thunderbolt 4.

Será necessário ver o que os primeiros benchmarks apresentam, mas é muito provável que a promessa da Intel («o processador mais rápido para laptops») seja cumprida, inclusive diante dos chips da Apple.

O Core i9 móvel mais potente da geração anterior mostrou-se de fato mais rápido do que os chips M1 mais performáticos da época (M1 Pro e Max, pois o Ultra ainda não tinha sido lançado).

Mas à custa de um consumo de energia mais do dobro. E isso sem contar a autonomia que tende a ser consumida muito mais rápido nos PCs equipados do que nos MacBook Pro.

O TDP (Thermal Design Power), que corresponde ao que o sistema de resfriamento deve ser capaz de dissipar, é de no máximo 157W (55W de base) para o Core i9-13980HX, como lembra a AnandTech, e esses valores são indicativos: Intel explica que alguns fabricantes podem alterar esses números.

Para se ter uma ideia comparativa, as versões de desktop se aproximam dos 300W por padrão (cerca de 285W de acordo com vários testes) e sobem para 375W se os limites de consumo estiverem todos desativados.

Por último, a parte gráfica permanece bastante limitada, com 32 unidades do tipo Xe (a última geração), como nos chips de desktop, em comparação com até 96 nos chips mobile.

Mas isso não é necessariamente um problema: a GPU integrada normalmente só funciona com bateria ou com aplicações leves com esse tipo de CPU, e os fabricantes de notebooks provavelmente a emparelharão com uma placa gráfica dedicada, como as RTX 4000 móveis anunciadas recentemente.